Por Daniel Klabunde
Nesta quarta-feira tivemos a penúltima partida da fase de grupos pela Champions League entre Liverpool e Napoli em Anfield, com as duas equipes brigando pela primeira colocação do Grupo E. Os Reds com um ponto a mais que os italianos entraram em campo com algumas mudanças, a primeira delas e mais sentida foi a de Gomez no lugar de Arnold com o intuito de se reforçar defensivamente, mas perdendo na parte ofensiva pelo lado direito.
A partida inicia muita intensidade de ambas equipes, com marcação pressão e induzindo o adversário ao erro, pelo lado do Liverpool o abuso em bolas longas tirou muito da sua forma de atuar, tentando sempre buscar na velocidade de Salah e Mané as jogadas de ataque.
A partir dos 15 minutos de partida o Napoli começa a efetuar uma marcação mais recuada em bloco médio alto, não pressionando os jogadores do Liverpool, mas sim em uma marcação por setor, e é aí que os Reds começam a criar espaços, mas que não são aproveitados pelos homens de frente.
Mané consegue desmanchar a linha de 4 defensiva do Napoli, mas Firmino e Milner não aproveitam para infiltrar. Imagem: InStat / Edição: Daniel Klabunde
Aos 20 minutos os Reds perdem Fabinho por lesão, o brasileiro torceu o tornozelo após Lorenzo cair sobre ele, e teve que ser substituído por Wijnaldum. Com esta substituição os Reds perderam em qualidade na saída de bola.
Logo após a substituição os Reds sofrem o gol, em uma disputa de bola aérea no meio campo Virgil sente a pancada com Mertens e fica parado deixando um espaço na defesa, e é neste espaço que Mertens se movimenta para receber e abrir o placar para os napolitanos.
Imagem: InStat / Edição: Daniel Klabunde
Após o gol os napolitanos baixam suas linhas para marcação, se compactando e tentando tirar espaços para o jogo de movimentação do Liverpool. Firmino se movimentava muito tentando buscar os espaços, mas as jogadas não evoluíam como esperado.
Firmino buscando os espaços entrelinhas. Imagem: InStat / Edição: Daniel Klabunde
Com dificuldades de progredir por dentro com Firmino, a opção foi investir nas jogadas pelas laterais buscando a linha de fundo e efetuando o cruzamento, foram 40 cruzamentos dos Reds com apenas 7 certos, é um número altíssimo para um time que tem como característica sempre buscar as triangulações no jogo apoiado, criando superioridade numérica para progredir no campo adversário.
Com maior posse de bola no primeiro tempo (70%), os Reds voltam para a segunda etapa na mesma tocada, mantendo a posse (73%) mas sempre tentando chegar ao gol com bolas alçadas na área, foram apenas 5 finalizações ao gol de Meret durante toda a partida.
Napoli não pressionava na marcação, deixava o Liverpool trabalhar a bola na saída de três, apenas tirava as linhas de passe para Wijnaldum que sempre estava acompanhado de Mertens ou Lozano.
De tanto insistir em bolas aéreas, foi em um cruzamento que veio o gol de empate marcado por Lovren, mas o que pudemos notar foi o time todo do Napoli dentro da área e a liberdade que o camisa 6 dos Reds teve na entrada da área para atacar a bola e marcar o gol.
Virgil puxa a marcação e abre espaço para Lovren cabecear. Imagem: InStat / Edição: Daniel Klabunde
As substituições de Klopp não surtiram muito efeito, mas a entrada de Gomez no lugar de Arnold desde o início de partida sim, o time perdeu muito pelo lado direito nos momentos ofensivos, tanto em jogadas de linha de fundo, quanto em viradas de jogo que vinham ajudando muito o time para romper defesas bem postadas.
Um empate bom para as duas equipes, mas que precisam vencer suas últimas partidas para que não sejam ultrapassadas pelo Salzburg caso vença o Liverpool no dia 10 de Dezembro.