Neste Domingo (14), Cruzeiro e Botafogo completaram seu décimo jogo no Brasileirão, com uma partida muito fraca, principalmente no aspecto de criação de oportunidades de gol, com ambas as equipes apresentando muitas dificuldades no terço final, nos poucos momentos que pisavam no setor final do campo.
As Equipes:
Fonte: Twitter – Rodrigo Coutinho.
Substituições: Cruzeiro, Entraram: Fred, Mauricio e Sassá
Saíram: Ariel Cabral (Contusão), Thiago Neves e Pedro Rocha
Botafogo, Entraram: Rodrigo Pimpão, Victor Rangel e Fernando
Saíram: Luiz Fernando (Mal-estar), Erik e Marcinho
O jogo tecnicamente teve um bom nível, com as duas equipes errando poucos fundamentos na partida, no entanto a dificuldade de ambas as equipes furarem os bloqueios defensivos de seu oponente foi a principal angústia de seus torcedores. O Cruzeiro, com pouca posse e buscando ser muito vertical em suas ações, apresentou uma equipe bem compacta no setor defensivo, com seu tradicional esquema 4-4-2, nesta fase.
Foto: Globo, Edição: Guilherme Monteiro. 4-4-2 Bem compacto da equipe celeste.
Em fase ofensiva, no 1° tempo atuou em diversos momentos sem uma referência na área e buscava ter muita mobilidade no terço final. Tendo pouco resultado, Mano Menezes logo aos 30’ da etapa inicial, aproveitando-se da circunstância (lesão de Ariel Cabral), promoveu a entrada de Fred. Contudo, o goleador cruzeirense não ofereceu tanto perigo a meta de Gatito Fernandez, exceto em chutes de fora da área e lampejos de boas jogadas de David e de Pedro Rocha. O Cruzeiro não sofreu em boa parte do jogo devido a ineficiência e ausência de profundidade da posse de bola alvinegra, marca registrada da equipe de Eduardo Barroca, que mostrou quando pressionada, não apresenta alternativas para amenizar e sanar o problema.
Foto: Globo, Edição: Guilherme Monteiro.
Foi comum em boa parte do jogo a equipe alvinegra trocando passes laterais (lentamente) e realizando interações somente entre seus zagueiros, laterais e volantes, na zona média do campo, sem profundidade. Essa apatia foi vista em boa parte da partida.
Um alento ao torcedor alvinegro foi a consistência e a intensidade empregada na pressão aos portadores da bola – os jogadores celestes poucas vezes apareciam com liberdade para girar e receber a bola com tranquilidade. Uma outra novidade foi o aperfeiçoamento de alguns gatilhos na saída de bola. A equipe atraia o adversário e conseguia sair da pressão em um ritmo acelerado, principalmente no 1T.
Diego Souza tentava contribuir de alguma forma, saindo da referência e caindo pelo lado para ser uma saída, em meio a uma complicada saída de bola pelo chão em alguns momentos. Com isso abria espaços, porém Erik e João Paulo não souberam aproveitar os espaços abertos por Diego, especialmente no 1° tempo.
Foto: Globo, Edição: Guilherme Monteiro. Diego abrindo espaço, porém Erik e João Paulo não atacam o espaço como deveriam.
Diego ainda foi reposicionado na 2° parte para o meio campo, visando uma melhora nos mecanismos ofensivos, ação esta que trouxe bons resultados e fez com que o Botafogo crescesse na partida criando 3 oportunidades.
Foto: Globo, Edição: Guilherme Monteiro. Diego atuando mais centralizado no 2° tempo foi importante para a leve melhora alvinegra em campo.
Defensivamente Diego foi realocado e jogando como um interior pelo lado esquerdo. Trazendo Erik/Victor Rangel na referência, Pimpão/Alex Santana fechando pelos lados do campo.
Foto: Globo, Edição: Guilherme Monteiro. No 2° tempo, com o reposicionamento de Diego Souza, o mesmo realiza em fase defensiva a recomposição fechando mais pelo lado esquerdo junto a Alex Santana, com Erik mais centralizado.
O Cruzeiro, também promoveu mudanças na 2° parte, trazendo Fred para o meio e abrindo espaços para Mauricio atacar, não vimos resultado prático nesta ação, assim como a entrada de Sassá, que pouco fez, salvo uma finalização de fora da área.
No jogo mais pobre da rodada até aqui, Cruzeiro e Botafogo protagonizaram o pior filme visto neste Brasileirão, as duas equipes podem render mais, principalmente o Cruzeiro pela qualidade de seus atletas, já os alvinegros preocupam por, aparentemente, não ter apresentado a evolução esperada em seu modelo de jogo, apesar de estar entregando os resultados.