Por Pedro Galante
A Suécia de Peter Gerhardsson, foi segunda colocada do grupo F. Atrás apenas dos EUA, as suecas marcaram 10 gols e sofreram cinco. Importante destacar que cinco gols foram contra a frágil Tailândia.
Aliás, as duas primeiras partidas da seleção sueca na Copa são um ponto fora da curva. Enfrentando, Chile e Tailândia, o time assumiu o protagonismo. Teve média de 70% de posse de bola, mas na verdade a Suécia é uma seleção mais defensiva e reativa. Nas três partidas seguintes – contra EUA, Canadá e Alemanha –esse número caí drasticamente, para 38%.
Como a fase predominante é a defensiva, começaremos a análise por esse setor. A Suécia se defende em um 4-4-2 com referências zonais, busca ocupar o espaço com Inteligência e garantindo solidez defensiva, sem muitas perseguições.
O bloco tende a atuar em alturas mais baixas, mas também pode subir para realizar uma pressão mais forte. O combate é mais intenso a partir do meio campo. Destaque para as compensações e coberturas que são sempre muito bem-feitas.
Quando tem a bola, faz a saída com um desenho em 4-2, mas troca poucos passes no primeiro terço, preferindo bolas longas. A camisa 5, Marina Hegering, é quem geralmente faz os lançamentos. Não são raros, momentos em que a defesa sueca errou ao tentar jogar pelo chão.
Tabela de entradas no último terço por partida. Tirando as partidas contra Tailândia e Chile, a média é de 29. (Foto: Instat)
Os alvos dos lançamentos variam. A centroavante Blackstenius costuma recuar para receber esse tipo de passe, mas a ponta direita Jakobsson também soma nesse jogo aéreo.
Mapa dos lançamentos para Blackstenius e Jakobsson. As duas recebem quase 25% dos lançamentos do time. (Foto: Instat)
A articulação é responsabilidade da meia-atacante KosovareAsllani. A camisa 9, que faz função de camisa 10, têm muita qualidade técnica e é o centro criativo da equipe de Peter Gerhardsson. A maioria das jogadas que terminam em finalização passam pelos seus pés.
Asllani atuando entre as linhas do adversário. (Foto: Instat/ Pedro Galante)
Destaque individual:
Kosovare Asllani – Meia-atacante
Autora de dois gols e uma assistência, é a jogadora mais criativa de uma seleção que passa a maior parte do tempo defendendo. Seja recuando e distribuindo com passes curtos, ou fazendo lançamentos para acionar companheiras nas costas da linha de defesa adversária, Asllanisempre contribui para o time. Além disso, é muito perigosa atacando em transição. É a líder de passe chaves (16) e a segunda colocada em chances criadas (6).