Por Henrique Mathias e Ícaro Caldas Leite
No Parc des Princes completamente lotado, França e Coréia do Sul, deram início a Copa do Mundo.
Corinne Diacre escalou a França no 4-2-3-1 e buscou subir a marcação desde o primeiro minuto de jogo, pressionando alto. Desta maneira buscou inibir a boa qualidade das defensoras coreanas na saída de bola, visto que sem que linhas de passes sejam criadas a frente, não existe qualidade que sobressaia.
Já Deok-yeo Yoon escalou a Coréia do Sul no 4-3-3, com sua equipe buscando sair em 3-2, com Hyun Cho e Youngj Lee buscando a bola em zona bem recuada e subindo para tirar a equipe da pressão alta da França.
Mas faltou movimentação das peças avançadas para criar linhas de passe e desta maneira a França controlou o jogo, mesmo sem ter a bola.
O primeiro gol da França surgiu através da pressão alta, com Henry roubando a bola pela direita, buscando a linha de fundo e cruzando na medida para Le Sommer marcar o primeiro gol da Copa do Mundo.
Le Sommer fez o gol mais rápido da história das Aberturas de Copa. Imagem: FIFA/Getty Images.
Falando sobre Amandine Henry, a camisa 6 da França, é chave para compreender as ideias de jogo de Diacre. É a volante que atua pelo lado esquerdo, mas tem total liberdade para circular por todo o campo, seja com a bola em seus pés ou subindo para pressionar. Henry é uma verdadeira “todocampista”, terminologia utilizada para descrever meio-campistas que circulam por todo o campo de jogo.
Depois do 1×0, a França alternou entre deixar a Coréia ficar com a bola, mas sempre mantendo o bloqueio defensivo sobre So Yun Ji e minutos onde voltou a pressionar alto com Cascarino e Diani por dentro e Henry-Thiney por fora.
França sem a bola no 4-4-2.
Como não somou saídas efetivas, a Coréia do Sul tentou administrar o tempo de jogo e evitar um resultado pior, mas não funcionou. Apareceu Wendie Renard e sua capacidade ofensiva na bola parada.
A camisa 3 da França e defensora do Lyon, tem uma imposição física assustadora e do alto dos seus 1m87cm de altura marcou 2 gols em escanteios e quase saiu com uma assistência no gol anulado de Bathy.
Wendie Renard foi eleita a melhor jogadora da partida. Imagem: FIFA/Getty Images.
No segundo tempo a França buscou manter um ritmo constante na partida, trabalhando as triangulações e invertendo a base do meio-campo, com Thiney recuando para fazer a saída de bola e Henry-Bussaglia tendo liberdade para se movimentar em busca de roubos de bola.
O treinador da Coréia do Sul mudou o posicionamento de So Yun Ji, sua camisa 10 e principal atleta, trazendo a meia do Chelsea para iniciar as jogadas mais próxima as zagueiros e deixar a saída mais limpa.
Contudo a superioridade francesa não foi embora em nenhum momento e Amandine Henry teve tempo para marcar o quarto gol da França, numa finalização espetacular da entrada da area.