Por Pedro Galante
Afundados em suas respectivas crises e precisando vencer para ganhar confiança, São Paulo e Cruzeiro se enfrentaram no Pacaembu. Apesar do volume do time mineiro e graças à atuação de Tiago Volpi o jogo acabou em empate.
Cuca repetiu o 4-3-3, mas trocou alguns jogadores. Toró foi deslocado para a ponta direita para entrada de Pato. Hudson voltou para a lateral direita para Luan assumir a posição de primeiro volante. Depois de testar um 4-1-4-1 com Rodriguinho e Thiago Neves, Mano voltou ao habitual 4-2-3-1 com Marquinhos Gabriel, Thiago Neves e Robinho atrás de Fred.
O São Paulo preferiu dar a bola para o adversário e atacar de forma vertical quando tivesse a bola. Os encaixes individuais, que buscam controlar a posse do adversário, foram poucos efetivos em função da grande mobilidade do ataque cruzeirense. Constantemente, os jogadores se confundiam e deixar zonas e adversários livres.
Mobilidade confunde marcação e Marquinhos Gabriel fica livre. (Foto:Instat/Pedro Galante)
O Cruzeiro concentrava suas ações pelo lado esquerdo do seu ataque, buscando aproximações e triangulações. O apoio de Egídio e as flutuações de Robinho contribuíam. Além disso, Fred saia bastante da área, abrindo espaço para infiltração dos volantes. Os visitantes criaram chances, mas não foram efetivos.
Cruzeiro no ataque: lado esquerdo foi o preferido. (Foto:Instat/Pedro Galante)
Os mandantes tinham muita dificuldade em fazer a saída de bola. Com os laterais avançados e Luan recuado entre os zagueiros, a movimentação dos meias seria essencial para fazer a bola progredir, mas nem TchêTchê, nem Hernanes fizeram boa partida.
Saída de bola tricolor: faltou criatividade para a dupla de meias. (Foto: Instat/Pedro Galante)
Quando os meias se movimentaram e ajudaram a criação, o time chegou ao gol. Reinaldo tabelou com Hernanes antes do ótimo passe para Pato marcar. Destaque para a mobilidade do trio de ataque no lance. Vitor Bueno ataca pela esquerda, Toró faz movimento em diagonal abrindo espaço para Pato que faz boa infiltração.
Mobilidade do trio de ataque foi fundamental para abrir espaço e gerar o gol. (Foto: Instat/Pedro Galante)
Igor Gomes voltou na vaga de Hernanes para a segunda etapa. A tônica do jogo se manteve: ataque bem móvel contra uma defesa confusa. Hudson cometeu falta desnecessária na entrada da área e Thiago Neves converteu a cobrança.
Mano tirou Thiago Neves e Arial Cabral e colocou David e Lucas Silva, oxigenando o time para a busca da virada. Cuca colocou Igor Gomes e Marcos Calazans (estreante) nas vagas de Hudson e Vitor Bueno. O Cruzeiro ainda trocaria Fred por Sassá. Já nos acréscimos, Igor Gomes foi expulso após atrapalhar uma chance clara de gol.
Destaque para a atuação de Tiago Volpi, que fez ao menos três defesas muito importantes, garantindo o empate.
É um empate péssimo para as duas equipes, que precisam recuperar a confiança da torcida. O Cruzeiro mira o duelo contra o Fluminense para avançar na Copa do Brasil. O São Paulo, eliminado na copa nacional, terá a semana livre para trabalhar; e é preciso de muito trabalho.