Por Pedro Galante
Depois de um empate pelo Campeonato Brasileiro, São Paulo e Bahia se enfrentaram mais uma vez, agora pela Copa do Brasil. Novamente se viu um jogo morno no Morumbi, só que dessa vez o Bahia conseguiu marcar ao encaixar um contra-ataque depois de erro de passe.
Escalações de São Paulo e Bahia. (Foto: SofaScore)
Cuca escolheu uma abordagem interessante e diferente do que vinha fazendo: optou por um ataque mais posicional. Abria bem os laterais e trazia os pontas por dentro para criar superioridade. A ideia era jogar pelo centro, criando linhas de passe entre as linhas do Bahia.
Laterais abertos e Pato mais pontas por dentro: a estratégia ofensiva do SPFC. (Foto: Instat/ Pedro Galante)
Roger Machado repetiu a escalação trocando apenas Gilberto, suspenso, por Fernandão. A estratégia era travar o jogo pelo centro com a trinca de volantes e buscar transições com a velocidade de seus pontas.
Bahia se defendendo inteiramente no seu campo de defesa. (Foto: Instat/ Pedro Galante)
Nos vinte minutos iniciais, o jogo foi bem definido. O São Paulo atacava e o Bahia se defendia. O tricolor paulista arriscava muitos passes entrelinhas, mas não acertava, o que é compreensível visto que foi a primeira vez que o time atuou assim. Fica o destaque negativo para Everton que pouco agregou – e pouco tem agregado – com a bola. É um jogador que busca a linha de fundo. Atuando com os pontas por dentro, Cuca seria mais coerente escolhendo outro jogador. O tricolor baiano se defendia bem, mas não conseguia acertar transições. Fernandão é pesado e os pontas, ocupados com a marcação dos laterais adversários, pouco apareciam.
Comparação entre Everton e Elber. (Foto: Instat)
Sem sucesso com sua estratégia o São Paulo foi diminuindo seu ritmo e permitindo alguma posse ao Bahia. Os times voltaram ao campo sem alterações, seja na escalação ou na estratégia, consequentemente o ritmo do jogo foi o mesmo da primeira etapa.
Depois dos vinte minutos, as duas equipes fizeram alterações. No São Paulo, Everton saiu para a entrada de Antony, afim de dar mais movimentação e qualidade no passe. No Bahia, saiu Fernandão e entrou Rogério para dar mais velocidade no contra-ataque.
Alguns minutos depois, Nenê entrou na vaga de Igor Gomes machucado. Na sequência, o Bahia aproveitou erro na saída de bola, e no contragolpe, Élber marcou. Léo tentou cortar, mas não conseguiu.
O gol foi um banho de água fria para o mandante. Faltando oito minutos para o fim da partida, Cuca trocou Luan por Vitor Bueno, para buscar o gol de empate. No entanto, o time circulava, rodava a área, mas não conseguia penetrar. Quando conseguiu, Pato parou na trave.
Na última análise, o autor falava sobre o desafio de Cuca em dar profundidade ao ataque sem centroavante. O treinador testou uma alternativa que não funcionou bem em função da falta de prática. Veremos se a estratégia será mantida, buscando aperfeiçoamento, ou se Cuca vai buscar encarar o problema de outra forma.
O Bahia constrói uma vantagem importante fora de casa e encaminha a sua classificação.