Por Henrique Mathias e Matheus Marques
Na final da Copa da Itália tivemos um jogo bastante interessante.
Escalação da Lazio:
Escalação da Atalanta:
Com seu estilo de jogo bonito, a Atalanta foi tomando as rédeas da partida nos minutos iniciais da partida com 3-4-1-2 exótico, liberdade posicional para Papu Gomez flutuar em campo contando com a ajuda do Josip Iličić enquanto o Zapata dava profundidade a equipe.
Atalanta trabalhando sua ideia de ataque. 3-2-5 para atacar com De Roon e Freuler oferecendo a sustentação, Castagne e Hateboer profundos pelas alas, Ilicic e Papu Gomez complementares pelo centro e Zapata segurando os zagueiros.
Já a Lazio de Simone Inzaghi bem mais conservadora apostava em se defender no seu campo com um 5-3-2 rígido (em bloco médio) e transitar verticalmente com a mobilidade de Immobile e na velocidade do Correa.
A Atalanta trabalhou bem os encaixes sobre os zagueiros da Lazio e dificultou bastante a saída de bola rival, que sofre sem Milinkovic-Savic como alvo para receber jogo direto.
Papu Gomez e JosipIlicic não são jogadores com muita intensidade física e características para pressionar, mas Gasperini utilizou bem os dois para dificultar a saída de bola da Lazio.
Mais reativa, a Lazio não foi um time muito criativo. Buscou juntar jogadores pelos flancos, utilizou Lulic como compensação defensiva e liberou Parolo-Marušić para atacarem ao mesmo tempo tendo uma ocupação melhor da aérea.
Lazio perigosa quando recuperava a bola e acelerava as jogadas. Marusic é um ala muito inteligente atacando o espaço e a Atalanta por vezes tem uma transição defensiva muito lenta.
Defensivamente a Lazio pouco permitiu a Atalanta, Zapata foi bem neutralizado pelo Luiz Felipe e Acerbi, enquanto Lucas Leiva limpava o funil de qualquer ameaça, sendo assim só sofreu em uma falta sem necessidade, onde uma cabeçada de De Roon parou na trave dos Biancocelesti.
Papu Gomez e Josip Ilicic são jogadores que oferecem de tudo entre movimentos de apoio, dribles e lançamentos. Mas faltou utilizar mais Masiello como arma ofensiva. É um zagueiro construtor e tem que ser aproveitado assim.
É maravilhoso ver a Atalanta atacar, o modo como soma ações e peças em campo ofensivo, mas uma recuperação do rival pode se transformar em perigo em poucos segundos. Nesse caso eram 8 peças em campo ofensivo e bastou um passe de Parolo para Correa sair no 1×1 com Masiello.
Faltou a Atalanta mais agressividade com a bola, ficando desconfortável e sofrendo muito com a boa pressão que a Lazio fazia em campo, apesar da maior posse de bola foram poucas as vezes em que os alas conseguiram espaço para cruzar em boas condições e consequentemente pelo fraco desempenho ofensivo se criou poucas chances de gols durante a partida. Gasperini tentou mudar o time ao longo do segundo tempo, 3-4-3 restringindo mais Gomez e Iličić e criando triângulos pelos lados de campo porém pouco funcionou. A Lazio estava confortável no seu campo só faltando ser letal nos contra-ataques bem puxados pelo Correa e Luís Aberto mas que não eram efetivos.
Se não conseguiu efetividade pelo chão, a bola parada fez os comandados de Simone Inzaghi chegarem ao 1×0 (em um bom cabeceio do Sergej Milinković-Savić) e Joaquin Correa oito minutos depois, em um lindo contra-ataque deu números finais a partida.
Os Laziale comemoram sua sétima conquista na Coppa Italia, enquanto os Nerazzurri vão ter de esperar ao menos mais uma temporada com o sonho do bicampeonato.