Por Daniel Klabunde
Time reserva, às vésperas de uma decisão pela Libertadores da América, um jogo que tinha tudo para ficar no 0x0, ou até mesmo uma vitória do Fluminense, e porque não, o Fluminense vinha de dois ou três bons jogos no seu sistema 3-5-2 e poderia criar muitas dificuldades aos reservas tricolores. Mas não foi o que vimos na tarde de sábado no estádio do Engenhão no RJ.
Uma partida muito fraca em questões técnicas, com muitos erros de passes, falta de precisão no último passe e sem muitas vitórias pessoais (dribles) buscando o ataque. Mas pelo lado do Grêmio o que faltou foi aquele homem de referência no comando de ataque, com Jael e André machucados, Ranato Portaluppi vem improvisando vários jogadores na frente e alternando o seu esquema de jogo, como foi no caso contra o Fluminense.
Escalação inicial no 4-3-3, com Douglas de falso 9. Imagem: TacticalPad
Assim como no jogo contra o Atlético Tucumán, o tricolor iniciou a partida no 4-3-3, mas desta vez com Douglas mais à frente tentando fazer as interações com Alisson e Pepê. Esse foi o grande problema do time, como Douglas tem características de meia, sempre voltava para iniciar as jogadas, mas não encontrava ninguém a sua frente pois os extremas estavam mais preocupados em marcar os avanços dos laterais.
Essa movimentação do Douglas fazia com que o Fluminense empurrasse o tricolor para trás, pois não precisava se preocupar com um jogador de ataque, liberando os zagueiros para avançar.
Movimentação média antes das substituições. Imagem: SofaScore
Mas o jogo começou a mudar logo após a primeira substituição que Renato promoveu, colocando Thonny Anderson no lugar de Jean Pyerre, fazendo com que o time voltasse para o tradicional 4-2-3-1 e dando mais uma opção no ataque.
Movimentação média após as substituições. Imagem: SofaScore
Na imagem acima podemos ver uma maior movimentação de Thonny (27) mais à frente no ataque, diferente da movimentação de Douglas, puxando o time mais para frente, fazendo com que o Fluminense recuasse.
Com a alteração efetuada por Marcelo Oliveira no Fluminense, alterando o sistema 3-5-2 para o 4-4-2, Renato se aproveitou e colocou Éverton no lugar de Pepê (que já havia perdido duas grandes chances de marcar), se aproveitando dos espaços e jogando nos contra-ataques. Thonny já havia perdido uma grande chance de colocar Éverton na cara do goleiro, Thaciano perdera um gol colocando a mão na bola.
Mas uma pressão no ataque pós perda da posse de bola, isso mesmo, o pressing tricolor funcionou novamente depois de muito tempo. Thaciano roubou a bola no meio campo e tocou para Thonny, que levantou a cabeça e lançou Éverton dentro da área para marcar um golaço de calcanhar.
Foi uma vitória na qualidade técnica individual de Éverton, que vive um ótimo momento, e também podemos destacar Thonny e Thaciano, que vem crescendo muito de produção e ajudando o time.
Terceira colocação conquistada, esperemos pelos outros resultados, mas estamos no páreo.
Ótima análise Daniel, vi o jogo e conseguiste em poucas palavras descrever a partida. Te cuida Maurício Saraiva, o guri está ficando bom.
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Obrigado, Marciano!
Estamos evoluindo aos poucos, e obrigado por nos acompanhar!
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