Por Pedro Galante
O trabalho de Dorival no São Paulo passa por um processo de adaptação. O treinador já tem suas convicções e seu estilo de jogo bem definidos, como foi abordado no primeiro post. O problema vinha sendo a adequação desse estilo de jogo com as características dos jogadores.
Desde então Dorival tem testado novos jogadores e novas formações que facilitem a execução de suas ideias. Vão aqui alguns passos do São Paulo em busca da formação ideal.
São Paulo 0 x 0 Ferroviária – Sai Nenê, entra Valdívia
Contra a Ferroviária, Dorival deu o primeiro passo rumo ao onze inicial perfeito. A troca de Nenê por Valdívia foi de extrema importância para o time, que apesar de não ter vencido a partida, jogou bem e criou boas chances. Desde então, Valdívia não saiu do time.
Com essa troca Dorival ganhou um ponta bem incisivo, ao contrário de Nenê que constantemente buscava a aproximação para armar a jogada, Valdívia corre nas costas da defesa para receber o passe em profundidade.
Valdívia dando opção de passe longo para romper a defesa adversária. (Foto: Premiere/Leo Miranda)
São Paulo 2 x 0 CRB – Um centroavante móvel
Diego Souza não foi titular contra o CRB por questões físicas. O jogador largou a pré-temporada no meio para estrear contra o Corinthians e desde então atuou em todas as partidas. A jovem estrela Brenner teve a chance e foi bem, mostrando como um centroavante móvel potencializa o estilo de jogo tricolor.
Com as movimentações constantes de Brenner, sobrou espaços para os volantes infiltrarem. Foi assim que surgiu a jogada que resultou em pênalti – desperdiçado por Cueva.
Brenner sai da área e Petros infiltra (GIF: Ligados no Futebol/ Pedro Galante)
Linense 1 x 2 São Paulo – Diego Souza de meia
Devido ao sucesso contra o CRB, Dorival repetiu a escalação. Porém o time não teve o mesmo desempenho, a criação não fluiu tão bem, pois Cueva jogou muito próximo de Brenner e sobrecarregou Valdívia na armação.
Valdívia com a bola vem armar o jogo por dentro. Cueva não participa da criação, tanto que nem aparece na imagem. (Foto: Premiere/Pedro Galante)
No segundo tempo, Diego Souza entrou, mas não como centroavante, posição que vinha atuando, mas sim como meia. Diego não mostrou muito contra o Linense mas jogando no meio ele é mais participativo e dá mais velocidade ao ataque, diferente de quando joga de atacante, função a qual não se adaptou bem.
Diego Souza, com a bola, armando o jogo atrás dos atacantes. (Foto: Premiere/Pedro Galante)
O São Paulo terá pela frente um duelo complicado contra o Palmeiras, um bom teste. Independentemente do resultado, a evolução é visível. Resta aguardar que escalação veremos para o clássico. E como disse Dorival após a partida contra o CRB, “Não se surpreendam se o São Paulo surpreender.”
@Pedro17Galante
Muito bem.
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Valeu, Marcelo!
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Parabéns pela análise, sou são-paulino e concordo com o que foi dito, é nítido que o time não vai jogar bem com o Diego Souza de centravante, pela falta de mobilidade e por não outras características de centroavante que compensariam essa falta de velocidade.
Parabéns pelo trabalho! Legal ter um espaço para quem quer debater futebol de verdade, e não ganhar clicks com notícias duvidosas.
Obs: Apenas uma sugestão para o site, acharia bacana uma seção com as informações de estilo de jogo das principais equipes do Brasil e dos principais times europeus, formação que atuam e como executam as principais jogadas.
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